A difícil arte de ser feliz

“Quantas vezes a gente, em busca da ventura,

Procede tal e qual o avozinho infeliz:

Em vão, por toda parte, os óculos procura

Tendo-os na ponta do nariz!”

MARIO QUINTANA

 

felicidade arte

 

Há quem diga que a felicidade são momentos de alegria…

Há quem diga que ser feliz é coisa para poucos…

Há os que sonham com a felicidade… e esquecem de acordar!

Há aqueles que insistem em buscá-la nas conquistas materiais e passam uma vida batalhando para comprar sua felicidade…

Há os que nunca a encontram…

Há os que vivem nela e não sabem…

Há os que sabem vivê-la!

 

Constantemente me pego pensando sobre o que diferencia tanto as opiniões acerca da felicidade. Será ela tão polêmica assim? De tão difícil compreensão? De quase impossível conquista? Chego a preocupar-me diante de tantas opiniões se realmente sei o que seja a felicidade! Logo eu que acreditei tê-la ao meu lado como companheira!

Existe uma frase de “pára-choque de caminhão” que diz mais ou menos assim: “quando não se sabe para onde vai, qualquer lugar serve!” Acredito que com a felicidade aconteça o mesmo.

 

Neste mundo que vivemos, ou talvez deva dizer, sobrevivemos, ao longo dos tempos, o sentido de bem viver foi mudando e acompanhando a evolução (ou talvez deva dizer involução), a transformação tecnológica, as conquistas intelectuais, as tendências globalizadas mundiais. Penso que as pessoas globalizaram também o significado da felicidade. Tendem a pensá-la como um conceito amplo, buscam alinhá-la ao sentido que o mundo comercial, social, político, religioso dá para ela.

É justamente aí que mora o perigo! Se não sei o que é a felicidade para mim (e só para mim), qualquer coisa que me digam ser a felicidade, serve. E vou atrás dela numa sôfrega busca de algo que, quando atinjo, já não me satisfaz mais… e torno a repetir: “felicidade é para poucos”… “será que existe mesmo?”…

 

Acho que o difícil mesmo é consultar-se com a consciência da razão e não da emoção. Olhar com os olhos internos o que vai lá dentro, no mais profundo sentido da sua própria vida. Pois caso continuemos olhando com os olhos externos, continuaremos dando o sentido externo e globalizado da felicidade e, o mais sério disto tudo, continuaremos buscando alinhá-la a um sentido que não é nosso.

 

Talvez aí more parte da solução do enigma “A ARTE DE SER FELIZ”

 

– Ela é pessoal, intransferível, personalizada e muito sua.

 

– As vezes a felicidade não está ao final da sua busca, e sim, é a própria busca.- Portanto, só você pode saber do que a sua é composta para sair em busca.

 

– Portanto, esteja atento para não buscar em vão!

 

– As vezes é necessário não escutar o que as falas externas dizem sobre o que seja a felicidade. Este som vai atingir diretamente suas emoções, e confundi-lo.

 

– Portanto, priorize ouvir o silêncio interno e ativar a consciência da razão. É menos gostosa que a emoção, porém, é o único meio de conseguirmos encontrar realmente o que é para nós a felicidade. Para daí, e somente a partir daí, saber buscá-la.

 

“Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho”

 

MAHATMA GANDHI

 

 

*Dunia Dequech de Oliveira é psicóloga, especialista em Terapia Sistêmica, e consultora em comportamento humano e organizacional no Grupo El-Kouba.

Amir El-Kouba

Amir El-Kouba é psicólogo, especialista em Método Científico, Comportamento Organizacional e Mestre em Administração Estratégica. Docente de MBA’s da Fundação Getúlio Vargas de disciplinas relacionadas à Liderança e Gestão de Equipes de Alta Performance. É empreendedor na área de logística e Diretor e Consultor do Grupo El-Kouba.

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